Eu me nego a dar notícia de morte trágica de criança, não consigo escrever direito, me dói demais o coração, mas é preciso esclarecer o que aconteceu com a pequena Lílian Rodrigues, de apenas 2 anos.
Natalenses, mas morando em Macaiba, os pais, Nathalia Louise e Bruno Rodrigues, levaram a menina para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade na última terça-feira (10). “Ela estava com febre. O médico que nos atendeu receitou um medicamento e disse que era uma virose”, contam os pais da criança, que foram liberados após a análise clínica.
No último sábado (14) os pais levaram a criança novamente à UPA, ela estava com 40 graus de febre. Chegando lá, uma médica suspeitou de sepse (infecção generalizada), mas não foi feito nenhum exame. Ela foi liberada por um segundo medico, que receitou um medicamento anti-inflamatório. De alta, a menina voltou para casa com os pais.
“Pela manhã, ela acordou com sede e muita vontade de urinar, mas não conseguia, levamos de novo para UPA, mas ela já chegou morta”, contam.
Os familiares, que enterraram Lilian nesta segunda-feira, agora se preparam para denunciar o fato por “negligência”, eles querem esclarecer o real motivo da morte da garota e a ausência de um diagnóstico através de exames de imagem ou de sangue.
Um detalhe que chama a atenção é que nenhum dos médicos que atenderam Lilian era pediatra. A falta desse especialista na Saúde Pública é um problema grave.
Amigos e familiares lamentaram a morte da menina nas redes sociais e querem justiça.
Eu fiquei arrasada com essa história e meu papel aqui não é julgar, nem condenar antecipadamente, mas de relatar e encontrar soluções para que outras crianças não passem pelo mesmo.