A professora da UFRN, Lauriana, que fez um texto pedindo socorro nas redes sociais com medo de ter sua vida e de sua filha ceifada pelo ex-marido, segundo ela um “agressor cruel”, fez também críticas à Igreja Católica e à Igreja Evangélica, em especial a Batista Vida Nova (IBAVIN).
Na carta, publicada nas redes sociais da sobrinha, ela conta que as pessoas dessas religiões tem comportamentos machistas e que não conseguiu o apoio que precisava nessas duas instituições.
Agora, o pastor da IBAVIN, Micaías Vieira, emitiu uma nota dizendo que Lauriana nunca o procurou, mas que tinha conhecimento do problema familiar entre as partes através do marido. Como todo abusador, o homem disse ao pastor que ela tem problemas psiquiátricos, sofre de bipolaridade, problema esse levantado pelo pastor em sua carta, sem qualquer laudo ou comprovações.
O pastor não revelou porque não chamou a “ovelha” para tentar uma solução, disse apenas que não trabalha como investigador, mas sim como pastor.
Resumindo: o pastor agiu exatamente como Lauriana falou, com machismo. Ele expôs a vítima, só ouviu um lado, e ao invés de enviar uma mensagem, uma carta acolhendo, pedindo perdão, como Jesus faria, tentou colocá-la numa situação ainda mais constrangedora e vexatória.
Como cristã evangélica, fiquei morta de vergonha.
Do blog Para Lauriana: não perca a fé, nem a esperança em Deus. Muitas pessoas são como os Fariseus… lêem a Bíblia, pregam em nome de Deus, citam versículos, mas não vivem. Deus está com você e com todas as mulheres vítimas de violência. Ele veio para os cansados, oprimidos, sobrecarregados. Ele alivia as dores e faz Justiça. Se não te acolheram nessa ou outra igreja, procure homens e mulheres de Deus em outra instituição, eles existem. Mas que o seu foco seja Cristo. Ele não decepciona. Ele não falha.
Confira a nota: