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Saúde Mental Antimanicomial é debatida em audiência pública na Câmara de Natal

Na Câmara Municipal de Natal, a audiência pública realizada nesta sexta-feira (10) abordou o tema “Saúde Mental Antimanicomial”. A iniciativa do vereador Daniel Valença (PT), buscou dar voz ao Movimento de Luta, promovendo um diálogo de conscientização contra o estigma e a exclusão de pessoas em sofrimento psíquico grave.

Representantes de entidades do município de Natal que apoiam o movimento antimanicomial participaram do evento. Este movimento luta por uma sociedade sem manicômios e reafirma que pessoas com transtornos mentais têm o direito fundamental à liberdade, a viver em sociedade e a receber cuidado e tratamento sem perder seu lugar de cidadão.

“Este debate destaca a importância de uma luta que defende que as pessoas em sofrimento psíquico não devem ser isoladas ou submetidas a tratamentos desumanos. O tratamento adequado acontece na convivência com a família e a comunidade, apesar dos problemas existentes”, comentou o vereador Daniel Valença. Ele também criticou a distribuição de recursos, mencionando que “do total da verba para a saúde, menos de 1% é destinada à saúde mental, o que reflete uma realidade desastrosa”, finalizou.

A abertura da audiência contou com a apresentação de um coral dos usuários do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), demonstrando como as atividades artísticas podem contribuir significativamente no tratamento da saúde mental e na reinserção social dos usuários. Além disso, foi realizada uma intervenção artística com telas e colagens pelos usuários da Plural.

“O movimento antimanicomial, que começou nos anos 70, hoje busca fortalecer usuários, trabalhadores e gestores na criação de uma rede substitutiva que atenda às necessidades dos usuários. Mais do que fechar manicômios, é quebrar os preconceitos relacionados a etnia, condição social e orientação sexual, melhorando o acesso aos serviços de atenção básica. Precisamos ver as pessoas pelas suas necessidades e não apenas pelos preconceitos”, explicou a assistente social Maria do Carmo Alves, do Conselho Municipal de Saúde.

Texto: Phablo Galvão
Fotos: Francisco de Assis

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