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Indulto de Bolsonaro agrada somente os apaixonados

Daniel Silveira e Jair Bolsonaro

A decisão de baixar um decreto para conceder perdão ao deputado Daniel Silveira foi fruto de uma escolha do próprio presidente, que ouviu apenas seus auxiliares mais próximos, ligados ao núcleo bolsonarista do Palácio. O PL, partido do presidente, apoiou a decisão, assim como o PP.

Os demais partidos do Centrão, que dão apoio ao presidente, não concordaram com o indulto. O ex-presidente Michel Temer acredita que o perdão criará uma crise institucional e até tentou fazer com que Bolsonaro desistisse: a resposta dada a Temer foi não.

A parte da população que desconfia da sanidade mental de Bolsonaro, agora tem certeza que ele não tem limite para impor o que acredita, mesmo que para isso faça algo inédito no país desde 1945.

Os extremistas, apaixonados pelo “mito”, estão encantados… como aquelas meninas de 13 anos que juram que encontraram o amor verdadeiro. “Ele é uma lenda”, dizem com borboletas no estômago.

A finalidade do indulto era essa. Criar mais um argumento emocional para a eleição deste ano. Inflação pipocando, histórico negativo da pandemia, Bolsonaro precisa se apegar nesse discurso “faço o que ninguém faria” para colocar os apaixonados nas ruas, gritando na internet, que ele é o melhor, “nunca antes na história do Brasil”…

Lula não se pronunciou sobre o indulto. Deve estar com ódio de não ter tido coragem de fazer isso quando o PT comandava o país. Ele não foi doido o suficiente.

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