Essa semana o assunto é a entrevista que o professor Carlos André, fundador do Overdose Colégio e Curso, concedeu ao pai de Henry Borel, menino morto pela mãe e padrasto no Rio de Janeiro. Hoje, o pai de Henry, Leniel Borel, trava uma luta em defesa das crianças que sofrem violência.
No podcast, chamado Basta Cast, o professor conta a sua versão dos fatos, ocorridos entre o menino e o padrasto delegado, Igor André Pessoa Barros Lopes. “Está confesso. Ele (o padrasto) mesmo disse que empurrou a criança e que o trancou em um quarto. Mesmo com tudo isso, a gente está numa luta de 2 anos para que a lei seja cumprida”, disse o professor.
Nas redes sociais, a sociedade se divide. Uns acreditam que a motivação do professor é manchar a imagem do delegado, hoje casado com sua ex-esposa. Por outro lado, muitas pessoas se comovem com a situação e pedem justiça.
A primeira vez que publiquei sobre o assunto, vi que a informação causava muito problema. Por causa dela, uma empresa que cuidava do meu blog e que tem um familiar da mãe do menino, me retaliou ao ponto de tirar meu site do ar. Não processei, mas tive problemas de ordem contratuais e também financeiros por causa dessa retirada absurda. Muitas pessoas vieram no meu direct falando o quanto o delegado é “bonzinho”, não merecedor daquelas denúncias. “Eu estudei com ele”, “ele é um menino maravilhoso”. Também vieram no meu direct com acusações sobre o professor Carlos André de sua vida pregressa.
Eu não conheço a fundo nenhum dos dois. Carlos André me deu algumas entrevistas durante sua função a frente do Over e foi meu professor de física há muitos anos, sem deixar qualquer intimidade entre nós dois.
Não os conheço. Assim também não sei quem é a mãe do menino.
O que sei é o que li no processo e, de fato, o delegado confessou que empurrou o menino. A agressão, que deixou marcas, foi “sem intenção”. Por isso, o MP pediu sua condenação por ter sido, no mínimo, “imprudente”.
A violência, com ou sem intenção, aconteceu. Essa é minha análise e também do MP. Se o delegado é boa gente e o professor um crápula, não me interessa.