Poucos profissionais no Rio Grande do Norte, pouquíssimos, tem experiência ou formação para gerir crises na imprensa.
É uma tarefa extremamente difícil e complexa. Não é qualquer um que faz.
Assim como um bom advogado te defende na área jurídica, o assessor de imprensa tem ferramentas para te defender na imprensa. Uma coisa é completamente diferente da outra. Muita gente confunde esses papéis.
Quando você ou sua empresa tiver qualquer problema público, junto à opinião pública ou na imprensa, contrate um bom profissional e deixe ele trabalhar, sem interferências de quem não conhece o assunto.
Erros básicos e grotescos: processar jornalista e comprar jornalistas.
Quem você processa, ganha mais força para te denunciar. Quem você compra, terá que pagar sempre, caso contrário ele também terá motivos para te denunciar.
Como eu disse: não é para qualquer um e hoje quem tem um grande negócio ou uma imagem a zelar, precisa estar atento a esse assunto. Todo mundo está sujeito a uma crise.
Precisa ter conhecimento, expertise e saber o que está fazendo.
Uma carreira de 30 anos pode ser destruída em 30 segundos. Se você ou sua empresa acabou parando nas manchetes por incompetência ou qualquer incidente, é preciso ter competência para sair delas de forma positiva ou neutralizando os danos.
Mergulhar muitas vezes é a melhor estratégia, responder na hora certa, as pessoas certas. São muitos detalhes.
Quem assessora órgãos públicos, políticos, sabe muito bem do que estou falando. É quase uma crise por dia.
Fui secretaria de comunicação do Estado, da vice-governadoria, da secretaria de Recursos Hídricos e hoje faço parte da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa.
Uma dica grátis: seja frio, seja cauteloso, seja estrategista, não minta nunca, tenha uma relação profissional com o jornalista, saiba pedir desculpas, saiba mergulhar na hora certa e saiba falar na hora certa com os profissionais certos, a coisa certa.
Nos últimos dias, estamos acompanhando uma crise mal gerida na imprensa que daria uma boa aula nos cursos de jornalismo. Eu começaria essa palestra com o tema: o que não fazer quando se tem uma crise. Um case de insucesso!