Quase dois anos após o início das investigações e acusações, o processo envolvendo Igor André Pessoa Barros Lopes, delegado acusado de agressão ao seu enteado, parece estar se aproximando de uma conclusão. Isso porque o Ministério Público do Rio Grande do Norte, por meio do Promotor Marcus Aurélio de Freitas Barros, formalizou uma acusação contra o delegado, pedindo sua condenação.
Igor André, anteriormente designado como delegado em Caicó, foi destituído de suas funções após o surgimento das acusações. Desde então, o local onde se encontra permanece desconhecido, gerando debates e inquietações sobre a aplicação da justiça e a responsabilização no caso.
Os fatos que levaram a esta situação tiveram início em abril de 2022, quando Igor André foi acusado de causar lesões no braço do seu enteado, então com cinco anos, ao empurrá-lo. O menino, que havia sido confinado em seu quarto como punição e se encontrava em estado de pânico, sofreu agressões subsequentes.
O conjunto de provas reunido pelo Ministério Público, que inclui depoimentos, fotografias das lesões e registros minuciosos do incidente, reforça as acusações. A denúncia se enquadra no contexto de violência doméstica contra menores, conforme definido pela Lei Henry Borel (Lei 14.344/2022).
Além de buscar a condenação de Igor André, o Ministério Público também solicita uma compensação por danos morais e materiais para a vítima, destacando a seriedade do caso e a urgência em oferecer reparação às vítimas de violência doméstica.
O caso tem sido um ponto de inflexão na luta contra a violência infantil e a falta de responsabilização no sistema judiciário. A ação do Ministério Público é um passo decisivo para assegurar a aplicação da justiça, não somente para a criança afetada neste caso, mas também estabelecendo um precedente para situações futuras.
