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O dia em que a casa caiu: um resumo do que está acontecendo com Bolsonaro e seu núcleo 

Um resumo do que está acontecendo com Bolsonaro e seu núcleo 

A Polícia Federal deflagrou hoje (8) a Operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em tradução do latim), que mira grupo que tentou dar golpe após as eleições. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos da PF. O presidente de seu partido, Valdemar da Costa Neto foi preso por porte ilegal de arma.

Os números da operação:

33 mandados de busca e apreensão;

4 mandados de prisão preventiva;

48 medidas cautelares diversas da prisão —entre elas a proibição de contato entre investigados, entrega de passaportes em até 24 horas e suspensão do exercício de função pública.

Nove estados e Distrito Federal. As medidas judiciais estão sendo cumpridas em nove estados (Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás) e no Distrito Federal.

24 horas. É o prazo para que investigados como Bolsonaro entreguem seus passaportes.

O que aconteceu;:

Jair Bolsonaro é alvo de busca e apreensão. O mandado foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A PF também apreendeu o celular de Tércio Arnauld Thomaz, ex-assessor do ex-presidente. Ele está em Angra com Bolsonaro.

Os agentes foram até a casa do ex-presidente em Angra dos Reis (RJ) para recolher seu passaporte. Como o documento não estava no local, foi dado o prazo de 24 horas para a entrega.

O coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, ex-assessores de Bolsonaro, foram presos. A PF também prendeu Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.

Ex-ministros de Bolsonaro são alvos de busca e apreensão. Entre os nomes estão Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também é alvo da PF e foi preso por estar com uma arma.

O Exército acompanha o cumprimento de alguns mandados. A ação mira também militares, entre eles, pelo menos três generais 4 estrelas.

Como era atuação do grupo;

Segundo a PF, o grupo se dividiu em núcleos para disseminar informações falsas sobre fraude nas eleições de 2022. A ação aconteceu antes mesmo do pleito para “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

O primeiro eixo trabalhou para construir e propagar a versão de fraude nas eleições. O grupo espalhou mentiras sobre vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação. Também de acordo com a PF, o discurso é repetido pelos investigados desde 2019 e continuou após a vitória do presidente Lula (PT).

O segundo eixo consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito por meio de um golpe de Estado. A PF afirma que o grupo tinha apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

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