Ele se autointitula promotor de eventos e empresário, vive rodeado de digitais influencers e artistas e de fato tem muito conhecimento com cantores de bandas e empresários do ramo, que garantem a ele senhas de show, controle de áreas VIPs e listas de acesso.
José Vicente Neto, o Johnny Praia, tinha mais de 100 mil seguidores no Instagram, mas teve o perfil desativado após a denúncia feita pelo @celebspotiguar que reuniu provas de dezenas de mulheres que o acusam de assédio, tentativa de estupro e violência.
“Todo mundo quer ser amiga dele porque ele consegue senha, leva no camarim”, conta uma das vítimas.
“Ele me colocou na lista de um camarote e veio dar em cima de mim. Quando eu disse que não ia ficar com ele, ele mandou os seguranças me tirarem de lá, foi uma humilhação”, conta outra mulher.
Em casos mais graves, as vítimas contam que sofreram tentativa de estupro. “Ele disse que ia me levar para conhecer Nathan e Xandy e na verdade me levou para um carro e tentou fazer sexo comigo a força. Eu gritei muito e ele me mandou descer num lugar que eu nem sabia onde era”, conta outra.
Em quase todas as denúncias, a mesma história: ele usava de sua influência para atrair vítimas para motéis ou carros de luxo para praticar sexo com ou sem consentimento delas.
Em 2015, uma mulher – que o blog prefere não revelar o nome – fez um Boletim de Ocorrência contra ele por estupro. Segundo ela, ele cometeu o crime em um motel, mesmo ela dizendo várias vezes que não queria fazer sexo com ele.
Na Comarca de João Câmara, um processo tramita também contra Johnny Praia por tráfico de drogas e em 2017 ele também foi processado por violência doméstica.
“Um dia a casa cai”, disse o cantor Gianini Alencar, que aparece em fotos com o suposto promoter. Outros artistas e digitais influencers afirmaram que conheciam a “fama” do promotor de eventos, mas nada fizeram.
Antes da desativação, Johnny Praia postou em sua rede social que os perfis das mulheres que se uniram para acusá-lo eram falsos e riu da situação.