O caso do presidente que diz que “pintou um clima” entre ele e meninas “bonitinhas” de 14 e 15 anos venezuelanas em estado de vulnerabilidade pode ter custado para ele a campanha eleitoral.
“Tiraram de contexto”, “ele se expressou mal”, é o que dizem seus apoiadores cada vez que o presidente fala uma besteira. São inúmeras “besteiras” desde que ele começou a governar o País.
Eu realmente não acredito que o presidente do País, que anda rodeado por policiais, tenha entrado numa casa para fazer sexo com meninas menores de idade de outro país, na verdade eu não quero acreditar que ele seja tão criminoso e pouco inteligente.
Como não tenho provas sobre os atos dentro da casa, mesmo que ele divulgue imagens que ali foi para fazer uma Live para a CNN (não temos imagens completas do que aconteceu quando desligaram as câmeras), as suas palavras já mostram total despreparo. Já são o bastante para revelar uma mente machista, misógina e uma impostura para exercer a função de presidente. Quando se “fala besteira” de algo tão grave, ele coloca em cheque um país culturalmente abusador, com sua fala, de líder, abre brechas para que essas atitudes sejam normalizadas.
Não é à toa que o presidente Bolsonaro tenha afastado grandes nomes da política brasileira e pessoas respeitadas de sua campanha. Não dá para concordar com tais colocações, mesmo “fora de contexto”, ou “mal colocadas”. Não tem como justificar o injustificável, as palavras que “escapam”, “sem querer”, que acabam colocando em risco seres humanos, como neste caso, refugiadas, em outros casos, mulheres, gays, pacientes em UTIs.
Um homem de quase 70 anos não fala de meninas de 14 e 15 anos, com idade de serem suas netas, de uma forma pejorativa, “sem querer”, sem que sua mente não tenha a perversidade de olhá-las com uma intenção sexual.
Até porque “A boca fala do que o coração está cheio”, está lá em Mateus 12:34, para quem curte usar versículos bíblicos para misturar política e fé e religião.